Quando tudo pede um pouco mais de calma, um pouco mais de alma.

O pernoite Desvendado o mistério: O sono chegou e com ajuda da noite pendurou em minhas pálpebras estrelas amarrando - uma a uma - em cada cílio.

Sobre elas Elas são todas frias, cheias de diferenças. São boas, satisfazem homens e normalmente deixa os fartos delas mesmas. Gostosas! -uhm, gelatinas coloridas!

Catequese do medo A fome é um esperma Por entre as pernas da violência E o egoísmo que excitou As diferenças em que merece Um aborto imediato Um apartheid econômico Contamina, machuca E não nos deixa gritar Podem falar o que for Que eu sei que não sou culpado

Informe meteorológico Ontem. Foram as nuvens que entraram na frente do sol para ver os passarinhos. Hoje. São os passarinhos bicando as nuvens até derramarem a chuva por cima de nós. Amanhã Espero que as nuvens não me aprontem outra vez.

O que fazer agora? Proponho a você uma idéia anarquista. Vamos juntos fazer uma revolução utopia? Mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde a realidade ira nos atuar em flagrante.

Fernando Pessoa Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma de nossos corpos e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia. E se não ousarmos fazê-la teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos. Sobre o(a) autor(a): Fernando Pessoa (1888 - 1935) nasceu em Lisboa/Portugal. É considerado um dos mais importantes poetas modernistas. Criou heterônimos famosos como Alberto Caieiro, Ricardo Reis e Álvaro Campos.

Aprendizagem Pequenina é a arte de sobreviver que as formigas nos ensinam. Hoje, encontrei um bom formigueiro acho que vou me dar bem!

Sobre o descanso Hoje o lagarto entrou de férias Disse que iria descansar das árvores que subiu para se alimentar. Hoje ele entrou num confortável casulo Disseram a ele que é um adorável spa e quando sair vai poder voar.

Sobre ela Pediu meus braços prendeu em laços quebrou meus vasos mudou meus passos. Chorou com prazos sustou meus casos floriu em maços ganhou espaços.

Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues direção Rodolfo García Vázquez A obra, apresentada pela primeira vez em 1943, é uma tragédia sobre a memória de Alaíde, mulher recém-casada que sofre um acidente e é submetida a uma cirurgia. A história não corre linearmente, mas dividida em três planos: memória, alucinação e realidade. Para essa encenação a companhia propõe uma abordagem contemporânea do texto original ao mesclar os planos e usar recursos tecnológicos. espetáculos : Vestido de Noiva sex 8 a dom 17 fev 2008 | sp

Reflexão é uma mecha no cabelo de quem não pode refletir.

Sobre as árvores A árvore é o chão erguendo frutas ao alcance dos passarinhos. Exceto quando fazem sombra, nunca podem se deitar: sua função é equilibrar ninhos.

Sobre a reciclagem Eu sou contra a pena de lixo. Sou a favor da reciclagem. Afinal, o lixo também merece uma segunda chance.

Cultura de massa A cultura é livre, o cultural é pago. A música é timbre, o músical é pago. música, cultura vibre! o bolso é vago.

Sobre o aborto E naquele dia,o seu filho nasceu para dentro. E quanto mais o tempo passava, mais o menino crescia: esbarrando no seu coração.

Sobre as estrelas Deitado na grama, o céu empoeirado de estrelas. Passei o dedo e - curioso - algumas vieram grudadas na ponta. Olhei para cima e assoprei. Foi tanta estrela caindo que agora eu mal consigo enxergar de tanta esperança.

1°de fevereiro Chegou o carnaval, Chegou o carnaval! Maldita festa da Babilonia atual.